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sábado, 18 de fevereiro de 2012

Campo Maior

Vamos aos fatos (factos) primeiro:

                       ** http://www.cm-campo-maior.pt/tradicoes/lendas

A origem do nome desta bonita e pitoresca terra alentejana está ligada a várias estórias lendárias que se contam de geração em geração.
Aliás, como se sabe, por fontes idóneas da própria História de Portugal, Campo Maior foi certamente uma Povoação Romana, mais tarde dominada pelos Mouros e, finalmente, conquistada pelos Perez de Badajoz, sendo então Bispo de Badajoz D. Frei Pedro Perez.
Somente depois da Paz estabelecida com o Tratado de Alcanizes (1297), Campo Maior veio a pertencer à Coroa Portuguesa, juntamente com Ouguela e Olivença ( a Saudosa). Mas, afinal, donde provém verdadeiramente o seu nome? Eis duas das versões mais populares, que possuo nos meus arquivos e que me foram contadas pessoalmente pelos anciões da própria região.

A TERRA DE CAMPO MAIOR
Diz-se, desde tempos de antanho, que no Reino de D. Diniz, quando aquelas Terras passaram para a posse de Portugal, o monarca mandou que edificassem um castelo, ali mesmo, para defender e dominar as fronteiras.
Assim um grupo de fidalgos, encarregados de escolher o local ideal, acabou por encontrar um vasto terreno, que lhes pareceu óptimo, sob todos os aspectos, para a construção do castelo.
E um dos Fidalgos exclamou mesmo, apontando à sua volta:
?-Vêde! Que maravilha! É o Campo Maior que existe nestas redondezas.
Não há outro mais adequado para o efeito. El-Rei optará pela nossa escolha!?
E assim aconteceu, de facto, tal como reza a lenda velhinha. D.Diniz mandou erguer ali um poderoso castelo e passou a chamar á Povoação ? A Terra de Campo Maior.

"AQUI SERÁ O NOSSO CAMPO MAIOR"

Outra estória lendária, também muito divulgada entre os amigos, refere-se ao facto desta região ser vítima de muitos assaltos, pela parte dos Mouros, mesmo depois de conquistada pelos Cristãos.
Deste modo,as famílias existentes na região passavam terríveis provações de terror e, muitas vezes, sofriam sérios dolorosos e fatais ataques. Resolveram, por isso mesmo, reuniram-se num local amplo, onde todos se pudessem albergar, segundo o velho ditado de que a união faz a força. E, de todos que se lançaram na aventura de escolher o sítio desejado, um delas foi mais feliz, ao descobrir um terreno magnífico, pela grandeza e pelo aspecto natural e paisagístico.
Logo, chamou pelos outros:
" Companheiros! Aqui séra o nosso Campo Maior! Nele poderemos caber à vontade e dele faremos um reduto contra os nossos inimigos!"

Foi unânime a aceitação das restantes famílias. E nasceu, pois, para o terreno encontrado e povoado ( que depressa se começou a desenvolver) o próprio nome de Campo Maior.

Eis agora algumas das fotos que tirei quando estivemos por lá alguns dias, amei...
Super calmo, lindíssimo a noite com um céu fabuloso...
Pertinho da Espanha, um "tirinho de espingarda" como diria minha avó!

A caminho tirei essas desse imenso e lindo gigante de concreto...

Aqueduto das Amoreiras


Ele liga o local da Amoreira à cidade de Elvas tem 843 arcos com mais de cinco arcadas e torres de 31 m de altura. É considerado o maior aqueduto da Península Ibérica com 8,5Km de extensão.
Desde a época de ocupação árabe a povoação de Elvas era abastecida pelo Poço de Alcalá, situado perto do antigo Paço Episcopal. No entanto, a partir do século XV, devido ao aumento da população, o poço tornou-se insuficiente para abastecer de água a cidade.
Logo no início do reinado de D. Manuel I, o monarca autorizou o lançamento de um imposto, o Real de Água, para serem executadas obras de conservação do poço medieval. Estas obras não resolveram os problemas de abastecimento existentes, pelo que a edilidade local pensou em construir um aqueduto que trouxesse a água desde os arrabaldes, no local da Amoreira, até ao centro da cidade.
Em 1537 D. João III designou o arquitecto Francisco de Arruda, mestre das obras do Alentejo e autor do Aqueduto da Água de Prata de Évora, para executar o projecto do novo aqueduto de Elvas. As obras iniciaram-se no mesmo ano, prosseguindo até 1542, data em que a extensão do canal chegava ao Convento de São Francisco. Seguiu-se então a execução da parte mais complexa do projecto, uma vez que depois dos seis quilómetros iniciais já edificados, os arcos do aqueduto iriam aumentar de dimensão. A obra tornava-se cada vez mais onerosa, embora os impostos cobrados aos habitantes da cidade destinados à edificação do aqueduto fossem sendo aumentados ao longo dos anos.
Em 1547 as obras eram suspensas devido à falta de verbas, sendo retomadas somente em 1571. Esta segunda campanha de obras, que terá sido orientada pelo engenheiro Afonso Álvares, prosseguiu até 1580, quando a subida ao trono de Filipe I originou uma nova interrupção dos trabalhos.
As obras foram retomadas no início do século XVII, e cerca de 1610 concluíu-se que era necessário alterar o projecto do aqueduto, dando-lhe mais altura, para que fosse possível levar a água até ao Largo da Misericórdia. Esta decisão atrasou ainda mais a conclusão dos trabalhos, devido não só às dificuldades práticas relacionadas com o trabalho de engenharia como também pelo aumento dos custos do projecto. Finalmente, em 1620 correram pelo aqueduto as primeiras águas dentro dos muros da cidade, que iam então desembocar numa fonte provisória construída junto à antiga Igreja da Madalena.









Já vindo para casa paramos em um local que vendiam esse artesanato feito com Cortiça, muiito lindooo, a viagem foi longa mas valeu a pena!


**As informações dos factos foram copiadas dos sites acima identificados.

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